quarta-feira, 4 de julho de 2012

Blizzard nega ter banido gamers que jogam Diablo III no Linux.



A Blizzard  está negando os rumores de que esteja banindo jogadores de Diablo 3 porque eles estão utilizando o 
WINE para Linux, porém o grande número de reclamações de clientes que utilizam o SO livre demonstra o contrário.



Em 15 de maio de 2012, a Blizzard lançou o Diablo 3 para Windows e Mac OS X. O game de RPG de ação teve um começo difícil, mas a Blizzard aparentemente resolveu boa parte dos erros que apareceram no lançamento. Agora, quase dois meses depois, a empresa está focada em outras questões técnicas, tais como o banimento de cheaters.

O drama atual que envolve o mais recente lançamento da Blizzard decorre de informações de que a empresa está banindo os jogadores que estão jogando na plataforma Linux. Oficialmente o Linux não é suportado (o jogo foi desenvolvido para Windows e Mac OS X), mas os jogadores estão rodando o Diablo 3 utilizando para isso o WINE, classificado como "Software de Terceiro não aprovado" aos olhos da Blizzard. Isso supostamente não deveria ser um problema.

Nos foruns de Diablo 3, entretanto, os usuários do Linux estão reclamando que a Blizzard baniu-os do jogo porque eles estão usando esse software, o mesmo aplicativo que os clientes da Blizzard estão usando para jogar StarCraft 2. Esses jogadores de Diablo 3 garantem que não têm trapaceado (sem bots, sem exploits, etc) e eram capazes de jogar Diablo 3 em seus sistemas Linux até a semana passada.

Então, qual é o problema? A Blizzard diz que não, não há nenhuma proibição relacionada ao Linux (apesar dele ser uma plataforma não suportada). No entanto, há especulações de que seja um bug na detecção do Warden. Para os que ainda não o conhecem, o Warden é uma ferramenta anti-cheating da empresa integrada em seus jogos. Enquanto o Diablo 3 está em execução, o Warden varre o PC do usuário em busca de softwares específicos, enviando a informação de volta para a Blizzard. É possível que o Warden possa de repente estar reportando o WINE como uma ferramenta de fraude, levando às proibições.

A Blizzard, porém, afirma que está banindo usuários porque eles estão trapaceando. "Temos testado extensivamente o sistema e possíveis falsos positivos, inclusive replicando configurações de sistema  para aqueles que postaram reclamações, alegando que foram banidos injustamente", afirmou o gerente da companhia, Bashiok. "Nós não encontramos nenhuma situação que possam produzir um falso positivo, descobrimos apenas que as circunstâncias nas quais eles foram banidos eram claras e precisas. Sendo assim, estamos extremamente confiantes em nossos descobertas. Jogar o game no Linux, embora não oficialmente suportado, não irá bani-lo. Trapacear é que irá ".

Então estará o caso encerrado? Provavelmente não. Esta não é a primeira vez que o Linux caiu num caso de suspeita de banimento pela Blizzard. Em 2006 a empresa publicamente retirou o banimento de uma série de jogadores de World of Warcraft baseados no Linux, os quais foram banidos por executar o cliente MMORPG usando o Cedega. 

Seria possível que o recente patch de Diablo 3 esteja causando um problema na detecção de cheats pelo Warden em relação ao WINE? A princípio não parece plausível que todos esses usuários do WINE estejam trapaceando. Para piorar a situação, esses jogadores não podem sequer jogar no modo offline. 

Fica então a pergunta: Será que a Blizzard tem o direito de analisar nossos computadores? E mesmo que tivessem, estão eles fazendo o procedimento corretamente?  


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